quinta-feira, 23 de junho de 2011

No canto dos curiós, a harmonia da natureza

Criação de passarinhos, uma prática cada vez mais cultivada em todo o Brasil, até mesmo para fins comerciais. Sabiás, curiós e bicudos são os que mais atraem criadores e ornitófilos. Em Santarém, os pequenos pássaros harmonizam a vida das pessoas e despertam o interesse de criadores e especialistas em estudar o canto das aves.

A estimativa de vida de um curió é de 20 anos em cativeiro. Num criatório de Santarém, antes mesmo de nascer, o filhote já recebe aulas de canto. E muitas vezes pais, meio desafinados, precisam ser afastados para não atrapalharem o desenvolvimento dos filhotes.

Os ornitólogos afirmam que dentro do ovo o passarinho já pode ouvir e reconhecer as diferentes tonalidades da voz. Tem curió que já ficou famoso, gravou até CD. E os pequenos curiós ouvem música clássica de passarinho desde cedo para aprenderem a cantar mais bonito.

Um tem apenas nove dias e está sendo anilhado, isto é, está recebendo o selo do Ibama que garante que ele nasceu em cativeiro legalizado. Cada anilha custa 3 reais e só pode ser vendida a criadores registrados no Ibama.

Um criatório, mesmo amador precisa da autorização do órgão para existir legalmente. Curiós, sabiás, bicudos são aves nativas da região e, portanto, propriedades do Estado, explica Freixinho.

De vez em quando o criatório recebe a visita ilustre de outras aves. Entre as aves tem uma bastante comum na região, a pipira preta. A alimentação dela é bem simples e regional, a manga.

Os curiós e bicudos não comem manga. A dieta delas é um pouco mais balanceada com verduras, legumes, sementes, que o criador se encarrega de plantar no quintal de casa. Um dos alimentos comuns destes tipos de pássaros é o sorgo doce, um parente do milho, um verdadeiro manjar para os passarinhos.

Por Wal Nascimento e Ormano Sousa, Agência Tapajós de Notícia

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